segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Esportes radicais - Hardcore Sitting

Coragem, assim podemos definir o Hardcore Sitting, o esporte radical em cadeira de rodas.
A ousadia dos cadeirantes em arriscar manobras numa pista de skate é necessária para quebrar os paradigmas de que deficientes não podem isso ou aquilo por conta de suas limitações físicas. Mas que limitações? Quem vê os praticantes da modalidade na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, logo se espanta e se surpreende com a agilidade que eles possuem ao descer rampas utilizadas por skatistas. Estão totalmente inseridos à definição de radical.

O esporte chegou ao Brasil trazido pelo psicólogo esportivo e atleta Pablo Moya, que se espelha no americano Aaron Forthenger, inventor do esporte. Pablo montou sua equipe, composta por três atletas ex-jogadores de basquete sobre rodas, com a ajuda do Instituto Spine Social, em Rio Claro. Após poucos meses de treino, os resultados alcançados agradam muito o técnico e incentivador do Hardcore Sitting. Pablo diz “Os resultados já alcançados são ótimos. Entre eles podemos citar o aumento significativo de sensação de segurança, motivação, estímulos de reações fisiológicas e muita dose de adrenalina que relaxa o corpo e a mente”.

Para praticar o Hardcore, o cadeirante precisa, acima de tudo, de muita coragem, pois é um esporte radical e de alto risco. Tendo essa consciência e gostando de adrenalina, o se-gundo passo é adquirir produtos de segurança que são indispensáveis para a prática, como uma cadeira adaptada, capacete grosso, cotoveleira, joelheiras, luvas e um local apropriado com rampas. Pronto, você já pode iniciar a primeira aula. “Só quero acrescentar que para praticar o Hardcore Sitting a segurança é mais importante do que a adrenalina e sempre deve estar em primeiro lugar”, alerta Pablo Moya.

Quanto às quedas, eles já perderam a conta e se divertem ao lembrar que o melhor de cair é sempre levantar para começar tudo de novo. “A última vez que contei estava na 87ª queda”, brinca Ariel. “Já passou a ser normal, tem lu-gares que até calejou. Hoje, uso mochila nas costas para não raspar”, conta o atleta. Para Júnior cair tem um significado mais intenso. “Adoro cair, pois assim sinto mais meu corpo. Aprendi no decorrer dos treinos que o tombo é necessário, pois você aprende a levantar e a começar de novo. É isso que é legal”, comenta o atleta.
Para Pablo, o esporte é mais uma oportunidade de tirar o cadeirante de casa, além de liberar suas energias. “Quero que o esporte chegue a muitas pessoas para que realmente traga mais adeptos e que se torne grande como o basque-te! Quem sabe um dia não entre nas Paraolimpíadas.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Como escolher sua prancha de surf

Sempre quis surfar, mas nunca tentou, mora na cidade e vai pouco à praia, meu cachorro comeu o trabalho… Chega de desculpas esfarrapadas. Você quer e vai aprender a surfar. Mas a primeira coisa que você precisa decidir é qual prancha comprar. Será que é um shortboard, ou uma daquelas pranchas de isopor? Tudo culmina na grande dúvida: Que prancha comprar. Se liga nessas dicas e se prepare para dropar entubando nessa onda.
Longboarder

Se você nunca surfou antes vale começar com uma prancha que te dê bastante flutuação, pois ficar de pé será mais fácil. O indicado é um longboard com três quilhas para facilitar nas manobras. Além disso o surf do long é muito clássico e estiloso. Só não se esqueça do leash, pois depois de uma vaca (que você vai tomar com certeza), a prancha pode bater em um banhista se estiver solta do seu corpo.

Porém, a escolha depende muito do seu peso também. Se você é mais pesado e nunca surfou, realmente o longboard é a melhor opção. Mas se você é leve, talvez valha a pena partir direto para uma Funboard. Essa prancha tem em média 7 pés, um pouco menor que o longboard (que é a partir de 9 pés), e é bastante manobrável. A funboard é o intermediário entre o shortboard e o longboard. Apesar de menor, ela costuma ter bastante flutuação, motivo de ela ser a preferida dos surfistas iniciantes.
Funboard

Prancha de surf Evolution

Entre o funboard e o shortboard existe a evolution. Essa prancha tem flutuação como uma funboard mas é pequena como uma shortboard. É uma prancha para pessoas que já sabem surfar, mas ainda não tem experiência o bastante para o shortboard. A evolution te da manobras mais rápidas como o short e ao mesmo tempo entra mais fácil nas ondas, como o long.

Já a shortboard é uma prancha bem menor, geralmente com pouca flutuação, projetada para pegar velocidade em uma onda e para  fazer manobras mais radicais. São as pranchas preferidas dos profissionais que prezam pelo desempenho. Se você é iniciante, esse modelo não é aconselhável, pois tem pouca flutuação fazendo com que ficar de pé seja muito difícil e exige que você já consiga dropar a onda enquanto se levanta. Mas à medida que evoluir, essa prancha será uma boa pedida.

Agora que você já sabe qual prancha comprar, não perca tempo e compre a sua. Esse verão não será aquele que você ficara deitado na areia vendo os surfistas entrando na água e saindo de um jeito que te faz pensar “puxa, deve ser bom surfar, olha a cara de satisfação do maluco”.
Shortboard

Pegando uma ondona com uma shortboard

Porém, não se esqueça de que temos que seguir algumas regras básicas no surf, como não rabear o camarada surfista (não entrar na frente dele na onda), e conhecer o seu limite. À medida que você for melhorando, você vai testando ondas maiores e mais difíceis. Não se jogue na maior onda da séria de primeira, pois é perigoso para você e para os demais ao redor. Além disso, só aproveite ao máximo, pois todos que surfam sabem que não existe sensação mais gratificante do que pegar uma onda animal durante a session!

sábado, 23 de maio de 2015

Fauja Singh, o maratonista de 102 anos

Com mais de um século de vida, Fauja Singh prova que a juventude é algo relativo.
Fauja Singh, o maratonista centenário.

Fauja Singh, o maratonista centenário.

No dia 1º de abril de 1911, há 102 anos, nascia o maratonista indiano Fauja Singh. Na época era impossível imagina-lo correndo maratonas. Até seus cinco anos de idade ele sofreu de uma doença que o impedia de andar. O tempo passou, Fauja cresceu, sarou e conquistou uma linda família.

Em 1991, aos 80 anos de idade, Fauja Singh começou a correr para esquecer seus problemas. Ele encontrou na corrida uma forma de lutar contra a depressão após a morte de sua mulher e de seu filho. Segundo ele o esporte lhe trouxe uma paz de espírito inabalável: “Quando me vi correndo, foi como conhecer o próprio Deus. Continuo correndo desde então”, comenta o nobre maratonista.

Sua primeira maratona foi em 2000, aos 89. Em 2003, aos 92, bateu o recorde mundial da categoria acima de 90 anos, ao completar a Maratona de 42k em Toronto, Canadá, com o tempo de 5h40m01s. Oito anos depois Fauja Singh voltou para o evento canadense para ser o primeiro maratonista centenário a completar a prova.

Em 2004, Fauja Singh esteve lado a lado com a estrela do futebol, David Beckham, e com a lenda do boxe, Muhammad Ali, em uma campanha publicitária da adidas. Até então ele não fazia ideia de quem eram os dois, mas ficou muito feliz em saber que foi colocado lado a lado com dois grandes ícones do esporte mundial.

Muitos acreditam que Fauja Singh possa ser considerado um super-humano. Aos 94 anos exames médicos mostraram que os ossos de sua perna esquerda tinham a mesma densidade que ossos de uma pessoa de 35 anos e sua perna direita de uma pessoa de 25. Outra bateria de exames, agora aos 99, mostrou que o maratonista centenário possuía a saúde de um homem de 40.

Ele é o único homem com mais de 100 anos a correr em 8 distâncias diferentes de maratonas. Apesar da idade, o Guiness Book não aceita seu título de maratonista mais velho do mundo. O problema é que Fauja  não possui documentos que provem a data de seu nascimento. Conhecido como “Furacão de Turbante”, Fauja veste a camisa para correr por uma história de superação e de paixão ao esporte.

Sua última prova foi em Hong Kong, no dia 24 de fevereiro de 2013. Apesar de aposentado o indiano afirma que ainda continuará calçando seu tênis de corrida para exercícios diários. Segundo ele, correr é o que o mantem jovem.

Quando indagado sobre o segredo de uma vida tão produtiva a resposta é sempre a mesma: Humor. “A vida é um desperdício sem humor – o que preciso para viver é felicidade e alegria.” Diz o indiano.

domingo, 18 de janeiro de 2015

A nova febre do mundo da escalada – o que vem a ser boulder?

Começou uma nova febre no mundo das escaladas: o boulder, também conhecido como bouldering. Se você curte escalada, mas não gosta dos longos percursos, essa é uma boa alternativa para você.

BoulderPara fazer um paralelo com corrida, podemos dizer que a escalada é como a corrida de resistência e boulder, a de velocidade. O esportista concentra toda sua força em um pequeno trecho ao invés de manter o ritmo ao longo de uma reta. O boulder concentra em si a parte mais difícil da escalada e requer um estouro de força para que o atleta o supere. Tudo gira em torno dos pequenos movimentos que levarão o escalador ao topo. Similar à escalada, o boulder se difere por não fazer uso de aparelhos de segurança como cordas ou ganchos. O atleta deve subir a pedra usando nada mais que as próprias mãos (geralmente empapadas de carbonato de magnésio) a e agilidade de seu corpo. Mas calma, os praticantes não são totalmente malucos: as “montanhas” subidas no boulder são de no máximo seis metros, e além de um colchão (chamado crash pad) que serve para amparar a queda, os praticantes contam com a ajuda de uma pessoa (chamada segurador ou segurança de corpo) que fica de prontidão em baixo deles para ajudar na queda, caso necessário. O segurador tem como missão endireitar o corpo do escalador durante a queda para que ele caia de forma segura em cima do colchão.

Se você está procurando por eventos de boulder fique atento: o esporte esteve presente na virada esportiva de São Paulo 2011 e contou também com o Ubatuboulder, em sua nona edição, e a sétima edição do Festival de Boulder Pedra Rachada, ambos em Julho. O Ubatuboulder é um grande encontro em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, que reúne amantes do esporte e oferece desafios para atletas de todos os níveis.

O boulder é uma ótima maneira de começar a escalar, pois envolve menos investimento em equipamentos e é uma boa forma de desenvolver as habilidades básicas de escalada. Para praticar é só ir para um dos muitos picos famosos do Brasil, como Ubatuba, Sabará, Cocalzinho de Goiás e outros. Ou, se você não pode largar tudo e viajar pelo país praticando boulder, procure a sua academia de escalada mais próxima. Caso você more em São Paulo, uma boa escolha é a academia de escalada 90 Graus.

Agora que você já sabe o que é o boulder, e onde praticar, é só se jogar (metaforicamente) nessa!

sábado, 29 de novembro de 2014

Os 5 melhores lugares para escalada no Brasil

Fala pessoal, preparem seus braços e equipamentos de escalada porque hoje o Hiperativos reuniu os 5 melhores lugares para escalar no Brasil. Vai ser difícil ficar em casa depois de ver os paredões naturais que te esperam por todo o território brasileiro! E para quem gosta do esporte, no final da matéria tem uma dica muito boa!

5º) Para aqueles que moram em São Paulo e no momento não podem viajar para os próximos lugares que indicarei não tem problema. Apesar de São Paulo não desfrutar de muitas paredes naturais para escalar, ainda é possível praticar a escalada indoor na Casa de Pedra, melhor ginásio do país para praticar escalada indoor.

4º) Quem pensa que o Rio de Janeiro só tem o carnaval para oferecer está muito enganado, com mais de 400 rotas de diversos graus e estilos a poucos minutos de casa, esta cidade é considerada um dos melhores lugares da Terra para a prática de escalada em ambiente urbano. Quando falamos de paredes naturais para escalar na cidade maravilhosa logo pensamos nas rotas e big-walls do Pão de Açúcar e Corcovado.
Pão de Açúcar

O Pão de Açúcar é um dos mais famosos lugares para a pratica de escalada. Sua principal via é a Via dos Italianos.

Mas isso não é atoa, o Pão de Açúcar conta com mais de 50 rotas para seguir e uma das mais famosas e difíceis é a Via dos Italianos que, entre o quinto e sexto grau, surpreende não só por suas enfiadas, mas também por toda a paisagem que é possível ver lá de cima.

3º) Um outro lugar ótimo para a prática de escalada é a Agulha do Diabo, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, também no Rio de Janeiro. Esse lugar reúne os melhores escaladores de todo o mundo para passar por suas 6 enfiadas até alcançar o cume de 2.050m. A graduação da subida é 3° III + C.
Agulha do Diabo

Com seus 2.050m acima do nível do mar, a Agulha do Diabo é um ótimo lugar para escalar.

O acesso para a Agulha do Diabo é feito pelo Caminho das Orquídeas e a maior atração de todo o trajeto, desde a trilha até a subida ao cume, é a beleza natural que pode ser apreciada por todo o parque.

2º) Prepare seus mosquetões e não esqueça o saco de magnésio para encarar a Pedra do Baú. Também conhecida como Complexo do Baú, esse conjunto de rochas com paredes de até 400m é considerado um dos mais importantes para a prática da escalada esportiva ou de longa duração.

Entre maio e setembro o clima da região é muito favorável para a prática da escalada e, portanto, chama a atenção de escaladores profissionais e amadores de diversos lugares do mundo.

1º) O Dedo de Deus, também no Rio de Janeiro, é mais uma das grandes maravilhas naturais do Brasil. Porém para escalar a parede de 1692m de puro granito não é fácil. A via mais conhecida do Dedo de Deus é a Maria Cebola, famosa por sua grande exposição (grampos distantes uns dos outros) e por ser uma subida em aderência (rocha sem grandes agarras, onda você tem que se aderir a pedra).
Dedo de Deus

Assim como todos os picos mostrados aqui, o Dedo de Deus é um ótimo lugar para escalada e que conta com uma vista de tirar o fôlego de quem alcança seu cume.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A trilha mais perigosa do mundo

Só aventureiros de sangue frio são capazes de encarar El Caminito del Rey, a trilha mais perigosa do mundo inteiro. E você, teria coragem?

Se você é fã de aventura, adrenalina e fortes emoções, então você tem grandes chances de se apaixonar por El Caminito del Rey, a trilha mais perigosa do mundo. Ela fica localizada em El Chorro, na Espanha, e atrai milhares de turistas que desejam se aventurar nesse trekking.

A trilha mais perigosa do mundo tem 3km de extensão, que serpenteia a encosta de um desfiladeiro, e chega a mais de 300m  acima do rio. Ela foi construída em 1905 por trabalhadores de uma usina hidrelétrica da região.

Sua finalidade inicial era ajudar no transporte de materiais, vigilância e manutenção da usina. El Caminito del Rey cumpriu sua função até os anos 2000, quando foi “fechada” devido a acidentes causados por sua precariedade.

Depois desse episódio as coisas mudaram. El Caminito del Rey deixou de ser frequentada por trabalhadores e deu lugar para novos visitantes: Os aventureiros.
Mas o que faz dela a trilha mais perigosa do mundo?

Bom, nós já apresentamos algumas dicas de trilhas aqui no blog, mas nem uma passa perto de El Caminito del Rey. Sua situação precária, sua largura de apenas um metro, e sua falta de segurança são alguns fatores que colocam essa trilha na lista dos trekkers de coração forte.

Para fazer essa travessia é preciso, em muitas partes, utilizar equipamentos de escalada, como cordas e mosquetões, atados à parede. Entretanto, mesmo com toda a segurança que os equipamentos podem oferecer, a qualidade das ancoragens é bem suspeita.

Em alguns pedaços da trilha mais perigosa do mundo, os trekkers são obrigados a equilibrarem-se sobre vigas de aço, que serviam como trilhos da ferrovia, para atravessar de um ponto ao outro. Isso lembra um pouco a história do Highline, modalidade mais desafiadora do slackline.

Ficou com vontade de encarar a trilha mais perigosa do mundo? Então seja rápido. Em 2011, o governo da comunidade autônoma da Andaluzia, em conjunto com o governo provincial de Málaga, concordou em dividir os custos da restauração do local.

O projeto de €9 milhões pretende restaurar El Caminito del Rey em sua totalidade. Demorará cerca de três anos para restaurar a trilha mais perigosa do mundo, até então. Apesar do museu, estacionamento e lâmpadas de led, o projeto promete manter as características estilísticas originais da obra.

domingo, 6 de julho de 2014

Base Jump no Everest – O novo recorde

O russo Valery Rozov é o primeiro louco a saltar de Base Jump da maior montanha do mundo.

A maneira que os russos praticam esportes é sempre aos extremos. Nesse caso não foi diferente. Após uma intensa escalada até os 7.220 metros acima do nível do mar Valery Rozov, 48, se jogou da face norte da montanha para realizar o maior Base Jump da história.

A proeza foi feita para comemorar o 60º aniversário desde a primeira conquista do Monte Everest. Valery Rozov já possui cerca de 10.000 saltos de Base Jump em seu curriculum, mas esse com certeza é o mais expressivo deles.